O Grupo de Pesquisa e Extensão Gênero e Direito realizou na última terça-feira, 25 de outubro, o I Colóquio de Gênero da Faculdade Paraíso do Ceará (FAP). O evento teve início com a mesa-redonda “As mulheres em movimento e a questão da violência no Cariri”, que teve como membros Célia Rodrigues, integrante do Conselho de Mulher e jornalista; Fabiane Matos, Diretora do Centro de Referência da Mulher, em Juazeiro do Norte; Isabelle de Souza, do Coletivo Marias e Verônica Isidório, da Frente de Mulheres de Movimento do Cariri.
O professor Regio Quirino, coordenador do Núcleo de Extensão e Atividades Complementares (NEAC), ressalta que o compromisso da FAP é ser formadora de consciência não só dos seus alunos, mas da sociedade em geral. “Essa é uma jornada de luta pelos direitos das mulheres e pelos direitos humanos que estão só no início, mas não terão fim”, afirma. A professora Ana Luísa, diretora acadêmica da instituição, ressaltou a importância de haver uma percepção mais apurada dos casos de violência contra a mulher. O clima de gratidão era perceptível na fala da professora Priscilla Ribeiro, coordenadora do grupo Gênero e Direito. Segundo ela, ficou gravado na memória o tímido início do grupo e as primeiras articulações de debates, em setembro de 2015. Hoje, ela diz ser o início da realização de um sonho.
A emoção tomou conta do auditório com a fala da Dona Nina, como gosta de ser chamada a mãe de Rayany. O caso teve grande repercussão no Cariri, pois a moça foi morta pelo ex-companheiro no início deste ano. Rosas brancas e abraços simbolizaram a força que cada participante quis passar à Dona Nina. O evento contemplou ainda a exibição de documentários produzidos pelos próprios alunos, tratando sobre os impactos do machismo na sociedade não só para as mulheres, como também para os homens. As líderes de militância feminista trouxeram reflexões importantes, como a importância de tornar acessíveis os significados dos termos juristas. As várias formas de violência também foram explanadas no evento.
A programação contou ainda com um Cine Juris Especial, com o filme “As Sufragistas”. A produção foi debatida pelo professor Regio Quirino e pela professora Patrícia Vieira. Durante a noite, os participantes assistiram à palestra “As Mulheres como Operadoras do Direito e seus Desafios”, ministrada por Renata Peixoto, professora de Processo Civil do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU). A professora Nadinne Callou também participou das explanações.
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