29/03/2019

Alunos da FAP vão apresentar trabalho em congresso internacional no Peru

Você já se questionou por que é tão difícil caminhar nas calçadas de Juazeiro do Norte? Estreitas. Ocupadas. Sem nível certo: uma mais alta que a outra. Parece algo sem solução? Será que elas são tão ruins mesmo?

Alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAP estão atentos a isso, estudando os detalhes e propondo mudanças. Eles formaram um grupo de pesquisa da chamada caminhabilidade, que é o ato de caminhar, uma das principais formas de mobilidade numa zona urbana. Com perdão do trocadilho, o grupo de estudo e pesquisa Caminhabilidade Kariri começa a dar os primeiros passos. É só o começo, mas já alcançaram resultados.

Alunos da FAP vão apresentar trabalho em congresso internacional no Peru

Um dos trabalhos ficou tão bom que vai ser apresentado num congresso internacional. É mais um exemplo que a gente quer mostrar na campanha ‘Pesquise +’, da FAP, que já apresentou artigos feitos por alunos de Administração, Direito e Marketing aceitos por publicações científicas.

O artigo se chama “Espaço público, forma urbana e condições cotidianas à caminhabilidade” e vai ser apresentado no XXXII Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Sociologia (ALAS), no Peru, em dezembro próximo.

Ele teve como foco o Roteiro da Fé, como é chamado o percurso que liga os locais mais visitados pelos romeiros em Juazeiro do Norte. Participaram da pesquisa os alunos Eduardo Alencar de Oliveira e Érika Neves Sinézio, ambos estudantes do 6º semestre do curso Arquitetura e Urbanismo da FAP, com a supervisão da professora Ângela Kerley Pereira Lima, que é geógrafa urbanista e está em Natal no doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela UFRN.

“A pesquisa consiste em analisar as condições de caminhabilidade no Roteiro da Fé. E essa análise é feita a partir de uma ferramenta chamada índice de caminhabilidade. Nós levantamos alguns dados, como questão de sombra, largura, quantidade de buracos no trecho. O Roteiro da Fé foi escolhido justamente por ser um local de intenso tráfego de pedestres, principalmente, nas romarias e também por estar ligado diretamente à Arquitetura, pois envolve as praças, as fachadas dos estabelecimentos voltados para a calçada, além de também estar ligado com o direito de ir e vir e com o ato de caminhar”, explica Eduardo, que diz ter se surpreendido em alguns momentos.

A professora afirma que a pesquisa auxilia muito na formação dos alunos.

“Uma das categorias de análise da Arquitetura é o espaço urbano, portanto, pesquisar acerca de suas funcionalidades e morfologias torna-se importante para os alunos do curso de Arquitetura da FAP, além de aprofundar seus conhecimentos em áreas específicas da cidade, como os tipos de mobilidade urbana, nesse caso, a caminhabilidade”, diz a professora.

Se você tem vontade de fazer uma pesquisa e não sabe como começar, a Érika explica que a ideia desse artigo surgiu numa disciplina do curso e foi ganhando força. Além disso, a FAP tem vários grupos de estudo e pesquisa. Você pode participar de um deles. Érika garante que a experiência é enriquecedora.

“Poder ver e sentir as dificuldades que as pessoas enfrentam ao percorrer o caminho me fizeram enxergar além do que eu já imaginava o quão importante é um planejamento urbano, que ele vai além da teoria, além da sala de aula, pois se faz presente no nosso cotidiano. E me faz lembrar uma frase que a professora Ângela usou um dia na sala de aula: ‘Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar o mundo de alguém’”, diz a estudante.

Nesse trabalho, os alunos estão mudando também o mundo deles, abrindo caminho para a pesquisa e, no futuro, quem sabe, um mestrado, o doutorado.

Boa viagem. Bom trabalho no congresso. Na volta, a gente exibe as fotos da bela nação chamada Peru nas nossas redes sociais.

FAP, apaixonados por educação.

Fonte: Faculdade Paraíso do Ceará

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